domingo, 7 de fevereiro de 2010

A sua vingança


É por vingança, eu sei.
É por pura e cruel vingança.
A dor que me condena,
O castigo que me limita,
É sua doce e cruel vingança.
Acha graça das minhas lágrimas
De nada lhe serve meu arrependimento,
Condena-me,
Dia a dia, condena-me.
Perdão não dado,
Alicerce mal formado.
É sua pura e cruel vingança!

9 Palpites relevantes:

Tia Augusta | 7 de fevereiro de 2010 às 01:17

não espere que alguém te peça perdnao, perdoa-lhe sem saber. vai ser um tapa na cara dela, na cara da frustração.

Ana Cristina Cattete Quevedo | 7 de fevereiro de 2010 às 08:46

Vingança só leva a mais frustração.
Esse cara não tá com nada.

Desculpe o tamanho do comentário, mas lembrei-me desta musica antigona do Vicente Celestino (sou uma mumia em termos de musica, gosto de velharias hahaha)

""Eu gostei tanto,tanto
Quando me contaram
Que lhe encontraram
Chorando e bebendo
Na mesa de um bar
E que quando os amigos do peito
Por mim perguntaram
Um soluço cortou sua voz
Não lhe deixou falar

Eu gostei tanto,tanto
Quando me contaram
Que tive mesmo de fazer esforço
Para ninguém notar
O remorso talvez seja a causa
Do seu desespero
Você deve estar bem consciente
Do que praticou,
Me fazer passar essa vergonha
Com um companheiro
E a vergonha é a herança maior
Que meu pai me deixou

Mas, enquanto houver força em meu peito
Nao quero mais nada
Do que apenas vingança, vingança
Aos santos clamar
Você há de rolar como as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Pra poder descansar""

Glaucovsky | 7 de fevereiro de 2010 às 11:17

As vezes é isso msm! Mas ignora, o desprezo envenana mais que a vingaça.

Pod papo - Pod música | 7 de fevereiro de 2010 às 16:24

A vingança é cruel, o vingativo está sempre jogando na cara dos outros o seu ódio, a sua revolta, ele está mal e quer os outros mal também.

Beijos

Paulo Tamburro | 8 de fevereiro de 2010 às 11:51

OI FÊ, adorei seu nome completo.

Realmente!

A vingança é um subproduto do ódio, como se fosse o crak na destilação da maldita cocaina.

E ambos são mortais.

Mas até que seria interessante, podermos analisar esse tal destemperado sentimento de vingança.

Dizia o Pai da Psicanálise, Freud que a linha divisória imaginária que separa no nosso psiquismo, o amor do ódio é muito tênue, quase imperceptível.

Certamente, salvo casos morbidos e patológicos, ninguém "ama sempre", ninguém "odeia sempre".

Nós, em todos os momentos das nossas vidas, intercalamos sentimentos de amor e ódio, por pessoas fatos ou coisas.

É o normal.

No entanto, quando somos incapazes de sublimarmos uma ofensa, agressão ou sentimento de perda, partimos para a pior solução:Conservarmos o ódio na nossas veias que substitue então, o sangue por formol.

A manutenção deste ódio, fica arquitetando maneiras ofensivas de ferir o adversário, com a mesma moeda.

Aí entra em cena, nesta ópera bufa da vida, esta tal da vingança.

E você a analisou corretamente, pois, vem sempre acompanhada de requintes de crueldades e estratégias que ficam sendo elaboradas por mentes doentias , tirando-lhes a alegria da vida, baixando-lhes a imunidade orgânica, e as tornando clientes em potencial de uma indesejável úlcera - na melhor das hipóteses- e de um câncer, na pior.

E o mais interessante disto tudo é que, na realidade só ODIAMOS A QUEM VERDADEIRAMENTE AMAMOS E NÃO CONSEGUIMOS ALCANÇAR.

Então lá vem aquele raciocínio primário:

Não vai ser meu , não vai ser de ninguém!

Como o sentimento de perda é insuportável, a vingança atua como uma espécie de "purificação" daquela dor.

Isto porque, se pararmos para pensar, com lógica e humanidade, a vingança só visceja e cresce em quem nunca aprendeu a perdoar, e ser INDIFERENTE aos golpes que nos são desfechados.

É porisso que minha "praia" é o humor, mas gostei do que você escreveu e estarei sempre por aqui.

Um abração carioca.

Daiana Costa | 8 de fevereiro de 2010 às 17:13

Sentimento ruim.
No caso, eu tenho o rancor atrelado à minhas costas. Mas com o passar, estamos sempre dispostos a aprender e compreender.

Belo lugar, voltarei sempre.
Abraços.

Samara Oliveira | 8 de fevereiro de 2010 às 17:17

É sabe o mais irônico?

Mil Perdões
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
Te perdôo
Por fazeres mil perguntas
Que em vidas que andam juntas
Ninguém faz
Te perdôo
Por pedires perdão
Por me amares demais
Te perdôo
Te perdôo por ligares
Pra todos os lugares
De onde eu vim
Te perdôo
Por ergueres a mão
Por bateres em mim
Te perdôo
Quando anseio pelo instante de sair
E rodar exuberante
E me perder de ti
Te perdôo
Por quereres me ver
Aprendendo a mentir (te mentir, te mentir)
Te perdôo
Por contares minhas horas
Nas minhas demoras por aí
Te perdôo
Te perdôo porque choras
Quando eu choro de rir
Te perdôo
Por te trair

Samara Oliveira | 8 de fevereiro de 2010 às 17:18

Quando a gente ama, culpa a si mesma por coisas que não tem que se arrepender e todo mundo é capaz de acreditar mesmo que a culpa é nossa.

entre-caminhos | 8 de fevereiro de 2010 às 17:29

Fortes essas palavras.

Concordo com um comentária acima: a melhor vingança é o desprezo.

Obrigada pela visita no meu blog. Volte sempre =)